Em entrevista realizada na última semana em Brasília, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, destacou ao MARQS que as discussões relacionadas à conectividade 5G já são tema do presente. No entanto, os temas em análise ainda são relativamente introdutórios, segundo ele. Contudo, existe a expectativa da comunidade internacional de ter a tecnologia sendo explorada comercialmente já em 2032.
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“Ainda é uma fase de concepção, que conta com os países e suas agências reguladoras, além da academia, para entender qual será o padrão do IMT-2030 [nome técnico usado para se referir ao 6G].”
Como a nomenclatura sugere, o IMT-2030 é um padrão de conectividade cuja implementação é prevista para daqui a apenas cinco anos. Para efeito de comparação, o 5G é identificado como IMT-2020, já que teve sua concepção técnica finalizada em 2020 — a realização do leilão de frequências ocorreu em 2022, com implantação em 2023.
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O presidente destacou que, antes da participação das operadoras, ainda é preciso passar por uma fase de identificação das frequências que serão utilizadas. Mesmo assim, a Anatel já tem uma previsão de cronograma que aponta para a realização de um leilão entre as empresas por volta do ano de 2032.
“Existem faixas que já são identificadas hoje, e outras que ainda estão em processo de identificação. A ideia é promover uma transparência para todo o mercado, e a comunidade internacional prevê uma implantação comercial em 2032 ou 2033”.
As melhorias do 6G em relação ao 5G prometem ser revolucionárias, especialmente em segmentos como o de veículos conectados, terminais inteligentes e robôs de alto nível. Ele também deve aumentar a eficiência de interações com inteligências artificiais, entre outros benefícios.
No entanto, antes da chegada da nova tecnologia, é previsto um período de transição com o chamado 5.5G. Mesmo nessa fase, as velocidades de conexão podem ser até dez vezes maiores que o visto no 5G convencional.
5.5G também é tema em discussão
Baigorri apontou que o desenvolvimento dos chips de conectividade mais avançada é um caminho “natural”, a partir da disponibilização da infraestrutura necessária para o funcionamento do 5.5G ou do 6G. No entanto, ele reforça que o debate não é exclusivo do Brasil, e precisa ser feito em conjunto:
“É um debate que acontece em um ambiente global, uma questão de harmonizar as frequências para o desenvolvimento de um ecossistema acessível. Se cada país for fazer a sua própria tecnologia e aplicações, os custos serão tão altos que inviabilizarão o desenvolvimento”.
O Vice-Presidente Sênior da Samsung no Brasil, Gustavo Assunção, afirmou que a empresa está acompanhando a discussão sobre as novidades tecnológicas.
No entanto, ele ressaltou que a evolução também depende de melhorias vindas das fabricantes de chips de conectividade, além da liberação das frequências necessárias.
A entrevista foi feita durante o lançamento do Galaxy A06 5G, dispositivo que promete estar entre os mais baratos do Brasil com a geração atual de conectividade. Contudo, a empresa não deu uma previsão concreta em relação ao anúncio de dispositivos com soluções ainda mais avançadas de redes móveis.
O jornalista viajou a Brasília a convite da Samsung
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